Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5053
Tipo do documento: Tese
Título: Eu queria ver o mar e tô batendo cabeça: (auto)reflexividades sobre a educação superior indígena na/da UEMA
Título(s) alternativo(s): I wanted to see the sea and I'm headbanging: (self)reflections on indigenous higher education at/at UEMA
Autor: MUNIZ, Sérgio César Corrêa Soares 
Primeiro orientador: COELHO, Elisabeth Maria Beserra
Primeiro membro da banca: COELHO, Elisabeth Maria Beserra
Segundo membro da banca: FURTADO, Marivania Leonor Souza
Terceiro membro da banca: OLIVEIRA, Ana Caroline Amorim
Quarto membro da banca: ALMEIDA, Mônica Ribeiro Moraes de
Quinto membro da banca: SILVA, David Junior de Souza
Resumo: Esta tese é resultado de um investimento teórico-metodológico cuja motivação é a presença de indígenas no ensino superior do Maranhão. A principal fonte geradora dos resultados apresentados neste trabalho foram as experiências acadêmicas vivenciadas por homens e mulheres indígenas que cursaram a primeira Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena do estado (LIEBI), ofertada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), entre os anos de 2016 e 2022. Nesse sentido, este trabalho é uma tentativa de construir uma análise antropológica acerca das dificuldades e oportunidades, dos encontros e desencontros vividos por acadêmicos e acadêmicas indígenas da LIEBI ao longo de seus processos formativos no âmbito do ensino superior. A formação acadêmica tem sido buscada pelos indígenas do país inteiro como instrumento de fortalecimento de seus movimentos, lutas e demandas. Para a realização desta pesquisa segui as trilhas da etnografia nos/dos interstícios (FURTADO, OLIVEIRA e MUNIZ, 2018), uma abordagem metodológica em que o/a pesquisador/a direciona suas investigações aos processos sociais e projetos ético-políticos que integra como sujeito/a partícipe e atuante. Nesse sentido, afirmo nesta tese que as travessias feitas pelos/as indígenas ao longo de sua formação na Licenciatura Intercultural Indígena da UEMA expressam as (im)possibilidades da interculturalidade. Das (in)compatibilidades entre as epistemologias de si e a epistemologia do mundo acadêmico, os/as indígenas passaram a tecer “arranjos gnosiológicos” (COLEHO e MUNIZ, 2020) ao se apropriarem das categorias e conceitos ocidentais, pelos quais tem sido possível superar colisões epistêmicas - um mal estar com os termos e a burocracia acadêmica – e vislumbrar coalizões epistêmicas, alianças entre matrizes de conhecimento distintas, presentes nas produções intelectuais dos indígenas e com a quais podem lutar e resistir aos equívocos etnocêntricos sobre suas vidas e seus projetos de futuro, portanto resistir ao epistemicídio e às forças da colonialidade.
Abstract: This thesis is the result of a theoretical-methodological investment whose motivation is the presence of indigenous people in higher education in Maranhão. The main source of the results presented in this work were the academic experiences of indigenous men and women who attended the first Intercultural Degree for Indigenous Basic Education in the state (LIEBI), offered by the State University of Maranhão (UEMA), between the years 2016 and 2022. In this sense, this work is an attempt to construct an anthropological analysis about the meanings and meanings that indigenous academics and academics of LIEBI have constructed from their formative processes. Academic training has been sought by indigenous people throughout the country as an instrument to strengthen their movements, struggles and demands. Following the trails of ethnography in the interstices, a methodological approach in which the researcher is situated in the "colonial difference" and becomes aware of it, directing his investigations to the social processes and ethical-political projects that he integrates as a participant and active subject, it has been possible to affirm that the crossings made by the indigenous throughout their training in the Indigenous Intercultural Degree of UEMA express the (im)possibilities of interculturality. From the (in)compatibilities between the epistemologies of the self and the epistemology of the academic world, the indigenous people began to weave "gnosiologic arrangements" (COLEHO and MUNIZ, 2020) by appropriating western categories and concepts, by which it has been possible to overcome epistemic collisions – a malaise with academic terms and bureaucracy – and to envision epistemic coalitions, alliances between distinct knowledge matrices, present in the intellectual productions of the indigenous and with which they can fight and resist ethnocentric misconceptions about their lives and their future projects, thus resisting epistemicide and the forces of coloniality.
Palavras-chave: ensino superior;
povos indígenas;
interculturalidade;
etnografia no/dos interstícios;
colonialidade;
higher education;
indigenous peoples;
interculturality;
ethnography in/of the interstices;
coloniality.
Área(s) do CNPq: Antropologia
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA/CCH
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS/CCH
Citação: MUNIZ, Sérgio César Corrêa Soares. Eu queria ver o mar e tô batendo cabeça: (auto)reflexividades sobre a educação superior indígena na/da UEMA. 2023. 232 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais/CCH) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5053
Data de defesa: 30-Ago-2023
Aparece nas coleções:TESE DE DOUTORADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
SÉRGIOMUNIZ.pdfTese de doutorado6,98 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.