Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4504
Tipo do documento: Dissertação
Título: A etnografia vai à escola: o ensino remoto emergencial e a mobilização de capitais culturais pelos estudantes de uma escola estadual de Esperantinópolis/MA
Título(s) alternativo(s): Ethnography goes to school: emergency remote education and the mobilization of cultural capital by students of a state school in Esperantinópolis/MA
Autor: LIMA, Geremias de Assis 
Primeiro orientador: CUSTÓDIO, Maria Aparecida Corrêa
Primeiro membro da banca: CUSTÓRIO, Maria Aparecida Corrêa
Segundo membro da banca: BITTENCOURT, Agueda Bernadete
Terceiro membro da banca: NERIS, Wheriston Silva
Resumo: A pesquisa discute a experiência do ensino remoto de uma turma de 2° ano do ensino médio da cidade de Esperantinópolis-MA, a partir do ponto de vista dos alunos e do conceito de capital cultural. Como sugere Pierre Bourdieu, capital cultural se refere à posse que os agentes detêm de bens simbólicos, de disposições a gostos usados para expressar poder em um determinado meio social. É o volume de capital cultural manejado pelos agentes que nos permite observar e mensurar relações de poder que culminam em práticas nos diferentes espaços sociais. Assim, indagamos: Nos termos de Pierre Bourdieu, os estudantes estariam fazendo uso de capital cultural ao interagirem nos ambientes digitais durante as aulas remotas? Esses estudantes demonstraram fazer uso de expertises tecnológicas para acompanhar o Ensino Remoto Emergencial? A problemática surgiu ao observarmos discursos do senso comum, que afirmavam que o ensino remoto afastaria ainda mais da escola uma geração de jovens estudantes que há tempos não se interessava pela educação, pois desde o ensino presencial os alunos do ensino médio demonstravam não “quererem nada da vida” e o ensino remoto reforçaria isso. Os objetivos foram: investigar a experiência escolar dos estudantes do 2° ano do ensino médio do Centro de Ensino João Almeida durante o ensino remoto emergencial, com ênfase sobre os capitais culturais por eles acionados; analisar a realidade social dos alunos, bem como suas relações com o ensino remoto, e observar as práticas adotadas pelos discentes nos ambientes digitais onde as aulas foram ministradas. Para tanto, a pesquisa adotou uma abordagem qualitativa de natureza bibliográfica, documental e netnográfica. Ainda, as técnicas utilizadas para registro de dados foram a observação participante das aulas nos ambientes digitais e aplicação de questionário com os alunos. Os fundamentos teóricos se apoiam principalmente nas obras de Bourdieu: A Distinção: A crítica social do Julgamento (1979); Escritos de Educação (1999); A Miséria do Mundo (1993) entre outras, além de autores comentadores das obras do autor. Também autores do campo das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na educação e autores que tratam dos fenômenos centrais da vida moderna como as relações sociais em uma sociedade conectada em rede (LÉVY,1999; CASTELLS, 2002; PRENSKY, 2001, 2012; MISKOLCI, 2011; NASCIMENTO, 2016, ROMANCINI, 2010 entre outros). Os resultados apontam que apesar das más condições técnicas, estruturais e sanitárias em que os alunos estudaram remotamente, eles mobilizaram um conjunto de capital cultural incorporado tanto nas aulas remotas quanto nas atividades presenciais. Isso ficou claro nos argumentos usados pelos alunos para cobrarem melhorias nas metodologias dos professores, nas expertises para o uso das tecnologias, na capacidade analítica ao categorizarem entre os que se saiam bem ou não nas aulas remotas e, ainda, ao se analisar a realidade sociopolítica brasileira da época.
Abstract: The research discusses the online teaching experience of a 2nd grade High School class in the city of Esperantinópolis-MA, from the students' point of view and the concept of cultural capital. As Pierre Bourdieu suggests, cultural capital refers to the ownership that agents have of symbolic goods, from dispositions to tastes used to express power in a given social environment. It is the volume of cultural capital managed by agents that allows us to observe and measure power relations that culminate in practices in different social spaces. So, we ask: In the terms of Pierre Bourdieu, would students be making use of cultural capital when interacting in digital environments during virtual classes? Have these students demonstrated the use of technological expertise to accompany Emergency Online Teaching? The problem emerged when we observed common sense discourses, which stated that remote teaching would further alienate a generation of young students from school that had not been interested in education for some time, since high school students, since face-to-face teaching, have shown that they do not “have any expectations for life” and remote teaching would reinforce this. The objectives were: to investigate the school experience of students in the 2nd grade of High School at Centro de Ensino João Almeida during emergency online teaching, with emphasis on the cultural capitals they use; analyze the students' social reality, as well as their relationships with remote teaching, and observe the practices adopted by students in the digital environments where classes were taught. Therefore, the research adopted a qualitative approach of a bibliographical, documental and netnographic nature. Also, the techniques used for data recording were participant observation of classes in digital environments and application of a questionnaire with the students. The theoretical foundations are based mainly on Bourdieu's works: Distinction: A Social Critique of the Judgment of Taste (1979); Education Writings (1999); The Disenchantment of the World (1993), among others, as well as commentators on the author's works. Authors from the field of Digital Information and Communication Technologies (DICT) in education and authors who deal with the central phenomena of modern life such as social relations in a networked society (LÉVY,1999; CASTELLS, 2002; PRENSKY, 2001, 2012; MISKOLCI, 2011; NASCIMENTO, 2016, ROMANCINI, 2010, among others) were consulted. The results indicate that despite the poor technical, structural and sanitary conditions in which students studied online, they mobilized a set of cultural capital incorporated both in remote classes and in face-to-face activities. This was made clear in the arguments used by the students to demand improvements in teachers' methodologies, in expertise for the use of technologies, in analytical capacity when categorizing between those who do well or not in remote classes, and also when analyzing the sociopolitical reality of Brazil at the time.
Palavras-chave: ensino remoto;
discentes;
capital cultural;
ensino médio.
remote learning;
students;
cultural capital;
high school.
Área(s) do CNPq: Sociologia da Educação
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA/CCH
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA - PPGS
Citação: LIMA, Geremias de Assis. A etnografia vai à escola: o ensino remoto emergencial e a mobilização de capitais culturais pelos estudantes de uma escola estadual de Esperantinópolis/MA. 2022. 131 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Sociologia - PPGS) - Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4504
Data de defesa: 26-Out-2022
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
GEREMIASDEASSISLIMA.pdfDissertação de Mestrado2,03 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.