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https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4085
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | As experiências de sujeitos escravizados na Vila São Sebastião do Maraú: província da Bahia no século XIX. |
Título(s) alternativo(s): | The experiences of enslaved subjects in Vila São Sebastião do Maraú: province of Bahia in the 19th century. |
Autor: | MOTA, Julian de Souza da |
Primeiro orientador: | PEREIRA, Josenildo de Jesus |
Primeiro membro da banca: | PEREIRA, Josenildo de Jesus |
Segundo membro da banca: | SANTIROCCHI, Italo Domingos |
Terceiro membro da banca: | BEZERRA NETO, JOSÉ MAIA |
Quarto membro da banca: | ORTIZ, Ivanice Teixeira Silva |
Resumo: | O Sul da Província da Bahia foi sempre estigmatizado por concentrar uma baixa densidade demográfica e por não ter sido um dos grandes centros agroexportadores no século XIX. Essas características “negativas” cristalizaram a ideia de que as vilas do Sul não desempenharam nenhum papel de relevância no cenário baiano antes da expansão da lavoura cacaueira na região no século XX. Ao deslindar as especificidades da vila de São Sebastião do Maraú, percebe-se que na realidade as vilas do Sul representaram muito no cenário baiano, pois coube a elas e a outras localidades da província a tarefa de abastecer Salvador e seu Recôncavo com uma variedade de alimentos, dos quais o mais importante foi a farinha de mandioca. Em torno dessa agricultura de abastecimento, desenvolveu-se uma sociedade que fez largo uso da mão-de-obra de escravizados e seus descendentes e que reproduziu, em escala microscópica, práticas do escravismo brasileiro. Homens e mulheres escravizados, livres e libertos construíram relações de solidariedade, parentesco, deferência e decerto que de conflito, velado ou explícito. O XIX foi palco da desagregação do sistema escravista, a instituição perdia cada vez mais apoio e sucumbia às investidas dos escravizados e do movimento abolicionista que se tornava cada vez maior. A Lei do Ventre Livre, promulgada em 1871, deu novas oportunidades de liberdade e de contestação aos escravizados, que passaram a se valer de seus dispositivos no enfrentamento às durezas da escravidão. Os escravizados de Maraú souberam, de maneira arguta, observar as transformações do escravismo brasileiro na segunda metade dos Oitocentos, ao perceberem tais transformações, elaboraram projetos de liberdade coletiva ou individual. Para os escravizados, ao que parece, a liberdade foi um projeto coletivo, que integrava toda a sua parentela consanguínea e quando possível a espiritual. Destarte, a família representou para os escravizados um porto seguro e local de solidariedade e afeto. Tais percepções se tornam possíveis ao fazermos uso de uma documentação variada e de uma metodologia baseada na microanálise, que tornou possível a percepção de realidades que poderiam ser negligenciadas por outras abordagens. A partir de um tratamento quantitativo e qualitativo, buscamos descortinas as experiências de indivíduos que reduzidos a escravidão, bradaram por autonomias e liberdade. |
Abstract: | The South Bahia’s province, has always been stigmatized for having a low population density and for not having been one of the great agro-exporting centers in the 19th century. Bringing these “negative” characteristics, for a long time, the idea (itself) consolidate that the southern’s village didn’t bring any relevance in the bahian’s view, before the cocoa farming’s expansion in the 20th century. Discovering the specifics of the village of São Sebastião do Maraú, we realized that south’s villages represented a lot in bahian’s view, because was up to them and other province’s location to supply Salvador and it’s concave with a variety of foods, of which the most important was cassava flour. A Society that made extensive use of enslaved’s labor and their descendants, aurond this specialized supply agriculture, reproduced in micro school practices of brazilian’s slavery. Enslaved, free and freed men built relationships of solidarity, kinship, respect and, of course, conflict, be it veiled or explicit. The 19th century, was the stage for slave system’s desintegration, the institution lost more support, and collapsed in the face of the slaves' attacks and the abolitionist movement, the womb freedom law (promulgated in 1871),gave new opportunities for freedom and contestation to the enslaved, who started to use their devices to face the harshness of slavery. The Maraú’s slaveds knew in dicerning way how to observe the transformations of brazilians slavery in the second half of the 19th century, when they realized such transformations, they started to develop collective or individual freedom projects. For the enslaved, it seems that freedom was a collective project, which integrated their entire blood family and, when possible, the spiritual too. In this way, the family represented for the enslaved people a safe place of solidarity and affection. Such perceptions are made possible by using a variety of documentation and a methodology based on deep analysis which makes visibility of realities possibleealities that could be neglected by other approaches. From a quantitative and qualitative treatment, we seek to highlight the experiences of individuals who, reduced to slavery, cried for freedom. |
Palavras-chave: | Maraú; escravidão; liberdade; experiência; família; Maraú; slavery; freedom; experience; family. |
Área(s) do CNPq: | História |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Maranhão |
Sigla da instituição: | UFMA |
Departamento: | DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA/CCH |
Programa: | PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA/CCH |
Citação: | MOTA, Julian de Souza da. As experiências de sujeitos escravizados na Vila São Sebastião do Maraú: província da Bahia no século XIX. 2020. 176 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em História/CCH) - Universidade Federal do Maranhão,São Luís, 2020. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4085 |
Data de defesa: | 22-Out-2020 |
Aparece nas coleções: | DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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