Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4018
Tipo do documento: Dissertação
Título: Vacinação e hesitação vacinal: percepções dos médicos da atenção primária à saúde
Título(s) alternativo(s): Vaccination and vaccine hesitancy: perceptions of primary health care physicians
Autor: SILVA, Dyegila Karolinne Costa da 
Primeiro orientador: BARBOSA, Maria do Carmo Lacerda
Primeiro coorientador: OLIVEIRA, Márcio Moysés de
Primeiro membro da banca: COSTA, Maria do Rosário da Silva Ramos
Segundo membro da banca: COUTINHO, Nair Portela Silva
Terceiro membro da banca: SILVA, Luís Cláudio Nascimento da
Quarto membro da banca: BARBOSA, Maria do Carmo Lacerda
Quinto membro da banca: OLIVEIRA, Márcio Moysés de
Resumo: A vacinação é uma estratégia de prevenção e um investimento em saúde. O Programa Nacional de Imunizações no Brasil tem grande importância com a conquista sobre a erradicação de várias doenças. Contudo, nos últimos anos, observa-se uma redução no número de pessoas vacinadas e, consequentemente, o reaparecimento de doenças que eram consideradas erradicadas. A hesitação para vacinar – a relutância ou a recusa, apesar da disponibilidade da vacina – ameaça reverter o progresso feito no combate a doenças que podem ser prevenidas por meio da imunização. Objetivos: Analisar as percepções dos médicos da Atenção Primária de São Luís, Maranhão, acerca da importância das vacinas e da recusa de vacinação e descrever as causas atribuídas à hesitação vacinal. Metodologia: Estudo transversal, descritivo, onde as variáveis de interesse foram registradas por meio de questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas para médicos da atenção primária à saúde de São Luís, Maranhão. Resultados: A maioria era mulheres (58,5%), casadas ou em união estável (58,5%), com filhos (51,2%), com mais de 35 anos (53,7%), com mais de cinco anos de graduação (56,1%), sem curso de especialização (53,7%), tinham cartão de vacina (92,7%) e receberam imunização contra influenza (97,6%), tríplice viral (92,7%) e COVID-19 (75,6%). 100% dos médicos consideraram o Programa Nacional de Imunizações confiável e já atenderam pacientes que apresentavam dúvidas e/ou receio sobre a segurança e/ou eficácia das vacinas. 82,9% responderam não serem frequentes eventos adversos na vacinação. 70,7% consideraram que vacinas são testadas tanto para segurança quanto para eficácia antes de serem comercializadas. 100% acreditavam que vacinas protegem crianças precocemente antes da exposição às doenças infecciosas. 95,1% responderam que não vacinar um menor compromete a imunização de rebanho. 90,2% não consideraram ser ético respeitar apenas a vontade do paciente e desconsiderar a saúde dos demais. 58,5% responderam que uma escola não pode recusar receber criança não vacinada em virtude da recusa vacinal. 85,4% consideraram ser defensável os pais decidirem sobre a aplicação de vacinas em seus filhos. 95,1% informaram que os médicos não podem recusar atender famílias que são contra a vacinação. 87,8% acreditam que devem denunciá-las por recusarem vacinar seus filhos. 68,3% consideraram a falta de conhecimento sobre as vacinas como primordiais fatores responsáveis pela recusa do processo de vacinação e 24,9% citaram “Fake News” como principais causas de hesitação. Conclusão: O estudo concluiu que o Programa Nacional de Imunizações é considerado confiável pelos médicos. Os profissionais de saúde assistem pacientes que apresentam dúvidas e/ou receio sobre a segurança e/ou eficácia das vacinas. Os médicos não consideram frequentes os efeitos adversos à vacinação e confiam que as vacinas são testadas quanto à eficácia e segurança. A falta de conhecimento e a disseminação de “Fake News” são as principais causas de hesitação vacinal. Considerações finais: Deve-se investir na estruturação dos serviços de atenção primária à saúde para o enfrentamento da recusa vacinal. Ressalta-se a necessidade de organizar programas de enfrentamento para que profissionais orientem corretamente seus pacientes acerca da eficácia e segurança das vacinas combatendo as “Fake News” e demais causas de recusa vacinal.
Abstract: Vaccination is a prevention strategy and an investment in health. The National Immunization Program in Brazil is of great importance with the achievement of the eradication of various diseases. However, in recent years, there has been a reduction in the number of people vaccinated and, consequently, the reappearance of diseases that were considered to be eradicated. Hesitation to vaccinate – the reluctance or refusal, despite the availability of the vaccine – threatens to reverse the progress made in combating diseases that can be prevented through immunization. Objectives: To analyze the perceptions of primary care physicians in São Luís, Maranhão, about the importance of vaccines and the refusal of vaccination and describe the causes attributed to vaccine hesitation. Methodology: Cross-sectional, descriptive study, where the variables of interest were registered through a semi-structured questionnaire with open and closed questions for primary health care physicians in São Luís, Maranhão. Results: Most were women (58.5%), married or in a stable relationship (58.5%), with children (51.2%), over 35 years old (53.7%), over five years of graduation (56.1%), no specialization course (53.7%), had a vaccination card (92.7%) and received immunization against influenza (97.6%), triple viral (92.7%) and COVID 19 (75.6%). 100% of physicians considered the National Immunization Program trustworthy and have already treated patients who had doubts and/or fears about the safety and/or efficacy of vaccines. 82.9% responded that adverse events in vaccination were not frequent. 70.7% considered that vaccines are tested for both safety and efficacy before being marketed. 100% believed that vaccines protect children early before exposure to infectious diseases. 95.1% responded that not vaccinating a minor compromises herd immunization. 90.2% did not consider it ethical to respect only the patient's wishes and disregard the health of others. 58.5% responded that a school cannot refuse to receive an unvaccinated child due to the refusal to vaccinate. 85.4% considered it defensible for parents to decide on the application of vaccines to their children. 95.1% reported that doctors cannot refuse to assist families who are against vaccination. 87.8% believe they should report them for refusing to vaccinate their children. 68.3% considered the lack of knowledge about vaccines as the main factors responsible for the refusal of the vaccination process and 24.9% cited Fake News as the main causes of hesitation. Conclusion: The study concluded that the National Immunization Program is considered trustworthy by physicians. Health professionals assist patients who have doubts and/or fears about the safety and/or efficacy of vacines. Doctors do not consider the adverse effects of vaccination frequent and trust that vaccines are tested for efficacy and safety. The lack of knowledge and the dissemination of Fake News are the main causes of vaccine hesitation. Final considerations: Investments should be made in the structuring of primary health care services to face vaccine refusal. The need to organize coping programs is highlighted so that professionals can correctly guide their patients about the efficacy and safety of vaccines, fighting the Fake News and other causes of vaccine refusal.
Palavras-chave: atenção primária à saúde;
vacinação;
recusa de vacinação;
primary health care;
vaccination;
vaccination refusal.
Área(s) do CNPq: Saúde Pública
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE MEDICINA II/CCBS
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE NORDESTE DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA/CCBS
Citação: SILVA, Dyegila Karolinne Costa da. Vacinação e hesitação vacinal: percepções dos médicos da atenção primária à saúde. 2021. 61 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Rede em Saúde da Família/CCBS) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4018
Data de defesa: 22-Jul-2021
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÕES DE MESTRADO - PROGRAMA EM REDE EM SAÚDE DA FAMILIA

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DyegilaSilva.pdfDissertação de Mestrado1,38 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.