Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3888
Tipo do documento: Dissertação
Título: Desigualdades raciais na adequação do acesso ao pré-natal no Brasil entre 2014eE 2019
Título(s) alternativo(s): Racial inequalities in the adequacy of access to prenatal care in Brazil between 2014 and E 2019
Autor: SILVA, Aída Patrícia da Fonseca Dias 
Primeiro orientador: OLIVEIRA, Bruno Luciano Carneiro Alves de
Primeiro membro da banca: OLIVEIRA, Bruno Luciano Carneiro Alves de
Segundo membro da banca: BATISTA, Rosângela Fernandes Lucena
Terceiro membro da banca: PINHEIRO, Ana Karina Bezerra
Resumo: A assistência ao pré-natal se constitui em um conjunto de práticas fundamentais à saúde materna e neonatal, entretanto, as exclusões socioeconômicas, raciais e geográficas que estruturam a sociedade brasileira provocaram desigualdades que afetam diretamente no acesso a um pré-natal adequado. Esse estudo buscou estimar a prevalência e a associação da variável cor/raça com a adequação do acesso ao pré-natal realizados no Brasil. Trata-se de um estudo transversal baseado em dados secundários e disponíveis on-line na base de dados do Sistema Nacional de Nascidos Vivos dos anos de 2014 a 2019. Foram estimadas as características sociodemográficas, gestacionais e do pré-natal por cor/raça branca, parda e preta (n = 16.603.657). Utilizando a informação do número de consultas e trimestre de início do pré natal, a adequação do acesso ao pré-natal foi definida em cinco categorias (de não fez a pré natal mais que adequado). Foram estimadas as prevalências para essas categorias e realizou-se análise de Poisson bruta e ajustada para se verificar a associação da cor/raça a categoria mais que adequada (α = 5%). Todas as características sociodemográficas, gestacionais e do pré natal diferiram estatisticamente entre os grupos raciais (p-valor < 0,001). Em todos eles prevaleceu a condição de pré-natal mais que adequado (> 50,0 %) e ao longo dos anos cresceu essa prevalência, mas com diferenças significativas e defasagem temporal (p-valor < 0,001). Nas demais categorias de adequação ao pré-natal, pardas e pretas sempre apresentaram piores estimativas do que as brancas. A associação positiva entre a cor/raça com o pré-natal mais que adequado foi verificada nas análises de regressão, mas observou-se ajuste dessa associação, sendo as menores chances para as pardas (RP = 1,04; IC95%: 1,03-1,05) e (RP = 1,07; IC95%: 1,06 -1,08). Apesar da melhora na adequação do acesso ao pré-natal no Brasil, verificaram-se desigualdades raciais, o que indica a permanência das dificuldades do sistema de saúde em garantir a equidade em saúde no país.
Abstract: Prenatal care is a set of practices that are fundamental to maternal and neonatal health. However, the socioeconomic, racial, and geographic exclusions that structure Brazilian society have caused inequalities that directly affect access to adequate prenatal care. This study sought to estimate the prevalence and association of the variable color/race with the adequacy of access to prenatal care performed in Brazil. Cross-sectional study based on secondary data and available online in the database of the National Live Births System from the years 2014 to 2019. Sociodemographic, gestational, and prenatal care characteristics by white, brown, and black color/race were estimated (n=16,603,657). Using the information on the number of prenatal visits and trimester of prenatal care initiation, adequacy of access to prenatal care was defined in five categories (from no prenatal care to more than adequate prenatal care). Prevalences for these categories were estimated and crude and adjusted Poisson analysis was performed to verify the association of color/race to the more than adequate category (α=5%). All sociodemographic, gestational, and prenatal characteristics differed statistically between the racial groups (p-value<0.001). In all of them, more than adequate prenatal status prevailed (>50.0%), and over the years this prevalence grew, but with significant differences and time lag (p-value<0.001). In the other prenatal adequacy categories, browns and blacks always had the worst estimates than whites. The positive association between color/race with more than adequate prenatal care was verified in the regression analyses. But, adjustment for this association was observed, with the lowest odds for brown (PR = 1.04; 95%CI: 1.03-1.05) and (PR = 1.07; 95%CI: 1.06-1.08) women. Despite the improvement in the adequacy of access to prenatal care in Brazil, racial inequalities were found in this adequacy, which still indicates the difficulties of the health system in ensuring equity in health in the country.
Palavras-chave: assistência pré-natal;
desigualdade racial em saúde;
população negra;
pre-natal care;
racial inequality in health;
black population.
Área(s) do CNPq: Enfermagem de Saúde Pública
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS
Citação: SILVA, Aída Patrícia da Fonseca Dias. Desigualdades raciais na adequação do acesso ao pré-natal no Brasil entre 2014 e 2019. 2022. 59 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Enfermagem/CCBS) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3888
Data de defesa: 30-Mar-2022
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
AIDAPATRICIA.pdfDissertação de Mestrado1,99 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.