Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3869
Tipo do documento: Dissertação
Título: “A GENTE DORMIU TRAVESSIA E ACORDOU PARQUE DO MIRADOR”: resistências e conflitos socioespaciais em uma região de expansão de soja nas chapadas do Cerrado sul do Maranhão
Título(s) alternativo(s): “WE SLEPT CROSSING AND WAKE UP PARQUE DO MIRADOR”: resistance and socio-spatial conflicts in a region of soy expansion in the chapadas do Cerrado south of Maranhão
“DORMIMOS CRUZANDO Y DESPERTANDO PARQUE DO MIRADOR”: resistencias y conflictos socioespaciales en una región de expansión sojera en las chapadas do Cerrado al sur de Maranhão
Autor: BATISTA, Carlos dos Santos 
Primeiro orientador: RODRIGUES, Sávio José Dias
Primeiro membro da banca: RODRIGUES, Sávio José Dias
Segundo membro da banca: MARINHO, Samarone Carvalho
Terceiro membro da banca: COSTA, Carlos Rerisson da Costa
Quarto membro da banca: LIMA, Roberta Maria Batista de Figueiredo
Resumo: Este trabalho tem por objetivo estudar as formas de resistência de comunidades camponesas e os impactos (ambientais e/ou sociais) sobre seus territórios, frente à criação do Parque Estadual de Mirador, em Mirador-MA. Criado pelo Decreto estadual nº 7.641, de 4 de junho de 1980, o Parque Estadual de Mirador localiza-se na mesorregião geográfica Sul do Maranhão e açambarcou diferentes territórios camponeses. Nesses termos, tornou-se imperativo analisar os distintos motivos que resultaram na criação da unidade de conservação do tipo integral, que admite apenas usos indiretos da natureza, assim como os conflitos daí decorrentes e as consequências da não regularização fundiária das comunidades camponesas pelo Estado. Haja vista que, a partir da institucionalização de uma unidade de conservação ambiental do tipo integral, que regula e limita a presença desses grupos, desde então a restrição de acesso e uso ao território pelas comunidades ficou subordinada à ação estatal. Esse território, antes de ser transformado em parque estadual, era identificado como Travessia de Mirador/Tapicuru, que, a priori, servia para designar uma específica região compreendida entre as nascentes dos rios Itapecuru e Alpercatas, derivando a ideia de Travessia de Mirador/Tapicuru pelas comunidades camponesas. Ademais, a região concentra as nascentes da bacia hidrográfica do Rio Itapecuru, um dos mais importantes para o abastecimento do estado. A partir dessa situação, fez-se necessário pensar questões paralelas, como a restrição de acesso e uso ao território pelas comunidades a partir da institucionalização de uma unidade de conservação ambiental do tipo integral, que regula e limita a presença desses grupos desde então. Subjacente ao conflito entre Estado e comunidades camponesas, é problematizada a emergência de projetos agropecuários no redimensionamento dos limites cartográficos, junto com o avanço no entorno e sobre as áreas do Parque Estadual de Mirador. Para o desenvolvimento teórico-metodológico, utilizamos o método dialético, pois entendemos que captar as distintas escalas de produção da vida é um movimento contínuo de construção e reconstrução de eventos e momentos em dado espaço e tempo. Por fim, pensar os conflitos decorrentes da transformação do território usado (Travessia de Mirador/Tapicuru) em unidade de conservação de proteção integral revela a natureza das disputas pelo uso do território pelos mais distintos agentes.
Abstract: This paper aims to study the forms of resistance of peasant communities and the impacts (environmental and/or social) on their territories, against the creation of the Mirador State Park - Mirador - MA. Created by state decree No. 7.641 on June 4, 1980, Mirador State Park is located in the geographical mesoregion of southern Maranhão and has taken over different peasant territories. In these terms, it has become imperative to analyze the different reasons that resulted in the creation of the integral conservation unit, which only admits indirect uses of nature, as well as the resulting conflicts. As well as the consequences of the State's failure to regularize the land tenure of peasant communities. Since the institutionalization of an environmental conservation unit of the integral type, which regulates and limits the presence of these groups since then, the restriction of access and use of territory by the communities became subordinate to state action. This territory, before being transformed into a state park, was identified as the Crossing of Mirador/Tapicuru, which, a priori, serves to designate a specific region between the sources of the Itapecuru and Alpercatas rivers, deriving the idea of crossing Mirador/Tapicuru by peasant communities. Furthermore, the region concentrates the springs of the Itapecuru river basin, one of the most important for the supply of the state. From this situation, it was necessary to think about parallel issues such as the restriction of access and use of territory by the communities since the institutionalization of an environmental conservation unit of the integral type that regulates and limits the presence of these groups since then. Underlying the conflict between the State and peasant communities, the emergence of agricultural projects is problematized in the redimensioning of the cartographic limits, together with the advance in the surroundings and over the areas of the Mirador State Park. For the theoretical and methodological development, we use the dialectical method, because we understand that capturing the distinct scales of production of life is a continuous movement of construction and reconstruction of events and moments in a given space and time. Finally, to think how the conflicts arising from the transformation of the territory used (Mirador/Tapicuru Crossing), into an integral protection conservation unit reveals the nature of the disputes for the use of territory by the most distinct agents.
Este trabajo tiene como objetivo estudiar las formas de resistencia de las comunidades campesinas y los impactos (ambientales y/o sociales) en sus territorios, frente a la creación del Parque Estatal del Mirador -Mirador- MA. Creado por el decreto estatal nº 7.641 del 04 de junio de 1980, el Parque Estatal del Mirador se encuentra en la mesoregión geográfica del sur de Maranhão y ha tomado diferentes territorios campesinos. En estos términos, se hace imprescindible analizar los diferentes motivos que dieron lugar a la creación de la unidad de conservación de tipo integral, que sólo admite usos indirectos de la naturaleza, así como los conflictos resultantes. Así como las consecuencias de la no regularización de la tenencia de la tierra de las comunidades campesinas por parte del Estado. Desde la institucionalización de una unidad de conservación ambiental de tipo integral, que regula y limita la presencia de estos grupos desde entonces, la restricción de acceso y uso del territorio por parte de las comunidades ha quedado subordinada a la acción estatal. Este territorio, que antes de ser transformado en parque estatal, fue identificado como la Travesía del Mirador/Tapicuru, que, a priori, sirve para designar una región específica entre las fuentes de los ríos Itapecuru y Alpercatas, derivando la idea de la travesía del Mirador/Tapicuru por las comunidades campesinas. Además, la región concentra los manantiales de la cuenca del río Itapecuru, uno de los más importantes para el abastecimiento del estado. A partir de esta situación, fue necesario considerar temas paralelos como el acceso y uso restringido del territorio por parte de las comunidades desde la institucionalización de una unidad de conservación ambiental de tipo integral que regula y limita la presencia de estos grupos desde entonces. Subyacente al conflicto entre el Estado y las comunidades campesinas, el surgimiento de proyectos agrícolas y ganaderos se problematiza en el redimensionamiento de los límites cartográficos, junto con el avance en los alrededores y sobre las áreas del Parque Estatal Mirador. Para el desarrollo teórico y metodológico, utilizamos el método dialéctico, porque entendemos que captar las distintas escalas de producción de la vida es un movimiento continuo de construcción y reconstrucción de acontecimientos y momentos en un espacio y tiempo determinados. Por último, reflexionar sobre cómo los conflictos derivados de la transformación del territorio utilizado (Cruce del Mirador/Tapicuru) en una unidad de conservación plenamente protegida revela la naturaleza de las disputas por el uso del territorio por parte de los agentes más distintos.
Palavras-chave: travessia de Mirador;
território;
parque estadual de Mirador
Mirador crossing;
territory;
Mirador state park
cruce del Mirador;
territorio;
parque estatal del Mirador
Área(s) do CNPq: Sociologia Rural
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: COORDENACAO DO CURSO DE ESTUDOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS/DCCH
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Citação: BATISTA, Carlos dos Santos. “A gente dormiu travessia e acordou parque do Mirador”: resistências e conflitos socioespaciais em uma região de expansão de soja nas chapadas do Cerrado sul do Maranhão. 2021. 106 f. Dissertação(Programa de Pós-Graduação em Geografia) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3869
Data de defesa: 28-Jul-2021
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Carlos S. Batista 2021.pdfDissertação de Mestrado4,32 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.