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Tipo do documento: Tese
Título: Schinus terebinthifolius Raddi: estudo de revisão e análise do potencial cicatrizante do extrato hidroalcoólico em lesão na mucosa oral de ratos
Título(s) alternativo(s): Schinus terebinthifolius Raddi: review study and analysis of the healing potential of the hydroalcoholic extract in oral mucosal injury in rats
Autor: UCHOA, Vanessa Romano 
Primeiro orientador: PEREIRA, Antônio Luiz Amaral
Primeiro membro da banca: PEREIRA, Antônio Luiz Amaral
Segundo membro da banca: SOUSA, Joicy Cortez de Sá
Terceiro membro da banca: BORGES, Antonio Carlos Romão
Quarto membro da banca: COUTINHO, Denise Fernandes
Quinto membro da banca: AMARAL, Flávia Maria Mendonça do
Resumo: Dentre diversas doenças inflamatórias, ressalta-se a ulceração aftosa recorrente, que consiste em lesões na cavidade oral, comumente observada na população, cuja terapêutica é baseada principalmente em medicamentos sintéticos tópicos das classes dos corticosteroides, antissépticos, analgésicos e antibióticos. Se faz importante investir em pesquisas, que visem à descoberta de medicamentos para o tratamento de úlceras orais, com menos efeitos colaterais e custos-benefícios mais vantajosos do que as terapêuticas vigentes. A espécie vegetal Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae) conhecida, no Brasil, como aroeira possui amplo espectro de atividades biológicas, destacando-se entre essas, atividades cicatrizante e anti inflamatória. Este trabalho teve como objetivos realizar estudo de revisão de literatura sobre S. terebinthifolius, caracterizar os constituintes químicos do extrato hidroalcoólico da casca do caule da aroeira e, por fim, avaliar sua atividade cicatrizante em lesões da mucosa oral de ratos. Na revisão de literatura sobre S. terebinthifolius foram reportados dados sobre aspectos etnomedicinais, perfil fitoquímico e farmacológico deste vegetal. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Science Direct, PubMed e Scielo, utilizando os descritores Schinus terebinthifolius, morfologia da planta, ecologia, planta medicinal, medicina tradicional, composição química e atividade farmacológica. Do total de 963 artigos encontrados, 64 compuseram a revisão. Essa espécie é empregada na medicina tradicional como anti inflamatória, cicatrizante e no tratamento de úlceras e infecções. Foi demonstrado que seu perfil fitoquímico é constituído, em especial, por flavonoides e óleos essenciais. Vários ensaios in vivo confirmaram propriedades farmacológicas promissoras, tais como efeitos anti inflamatórios, antimicrobianos e antioxidantes. Enfatiza-se a necessidade de estudos que tenham como objetivo principal duas vertentes, a descrição etnomedicinal e a bioprospecção de S. terebinthifolius. Para o estudo de avaliação do efeito cicatrizante do extrato hidroalcoólico da casca do caule da aroeira, o material vegetal foi coletado no município de Chapadinha, estado do Maranhão, Brasil (3°42'44"S; 43°30'40"W), realizou-se classificação taxonômica, identificação dos compostos químicos por HPLC-MS e análise in silico. Logo após, seguiu-se com a etapa in vivo, onde foram utilizados 41 ratos Wistar (Rattus norvegicus), distribuídos em três grupos aleatoriamente: G1 (solução salina 0,9%), G2 (gluconato de clorhexidina 0,12%) e G3 (extrato hidroalcoólico de aroeira 2%), os quais foram divididos em três subgrupos de acordo com o tempo de tratamento (3, 7 e 14 dias). Todos foram submetidos ao mesmo procedimento cirúrgico de acordo com técnica padronizada para indução da lesão na mucosa oral de ratos e tratados de forma tópica, por via oral, a cada 24h. Os parâmetros avaliados foram: área da lesão, alterações macroscópicas e análise histopatológica. Foram identificados 14 compostos químicos, destes, vicenina 1 e astaxanthina foram avaliados por ensaios in silico. A análise das prováveis atividades biológicas de vicenin 1 revelou probabilidade > 30% (Pa > 0,3) de apresentar 224 atividades, destas 15 eram cicatrizante e/ou anti-inflamatória e, astaxanthin, apresentou 259 atividades, das quais 20 eram cicatrizante e/ou anti-inflamatória. A etapa in vivo mostrou que aos 14 dias, a média da área da lesão (mm2 ) foi de 1,5 ± 1,4 para G1, 1,3 ± 1,02 para G2 e 0,9 ± 0,85 para G3, bem como a média do grau de contração apresentou valores de 98,6% para G1, 98,4% para G2 e 98,9% para G3. Quanto a análise histológica, foi possível evidenciar a seguinte relação, no que concerne o processo de cicatrização de feridas na mucosa oral de ratos abordado neste estudo, G3 > G2 > G1. Os resultados evidenciaram, que aroeira é uma espécie vegetal promissora para o tratamento de lesões orais, favorecendo o processo de cicatrização de feridas da mucosa oral de ratos, embora não tenha sido verificada diferenças estatísticas entre os grupos experimentais.
Abstract: As part of several inflammatory diseases, the recurrent aphtous ulceration stands out, which presents itself as lesions inside the oral cavity, being treated with topical corticosteroids, analgesic, and local antibiotics. The development of new treatments for such lesions, presenting less side effects and better costly ratio than the traditional allopathic approach is of paramount importance. The plant species Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), also known in Brazil as aroeira, has demonstrated a wide range of biological activities, being described among those, remarkable healing and anti-inflammatory properties. This assay was aimed to review the literature concerning S. terebinthifolius, describe and predict the biological effects from the peel of Aroeira stem’s hidro alcoholic extract chemical components, and thus, evaluating its healing effects on the oral injuries of rats. On this literature review, data about the ethnomedicinal, phytochemical and pharmacological profile aspects are reported. The research was carried out in Science Direct, PubMed and Scielo databases, using the descriptors Schinus terebinthifolius, plant morphology, ecology, medicinal plant, traditional medicine, chemical composition and pharmacological activity. Of the total of 963 articles found, 64 composed the review. This plant species has been widely used on traditional medicine as anti inflammatory, healing and for treatment of ulcers and infections. Its phytochemical profile has been proved to be composed specially by flavonoids and essencial oils. In vivo several assays have confirmed promising pharmacological properties, such as anti inflammatory, antimicrobial and antioxidant effects. It has been pointed out the need of studies which aim two main streams: the ethnomedicinal characteristics and the S. terebinthifolius bioprospecting. For the assay on the healing effects evaluation of the Aroeira stem peel hydro alcoholic extract, the plant samples were collected at município de Chapadinha, estado do Maranhão, Brazil (3°42'44"S; 43°30'40"W), then these samples went through taxonomic classification, chemical analysis through HPLC-MS and in silico analysis of some chemical components. Following this, the in vivo stage was initiated, which used 41 rats, randomly distributed under 3 groups: G1 (saline solution 0,9%), G2 (chlorhexidine gluconate 0,12%), and G3 (S. terebinthifolius hydro alcoholic extract 2%); subsequently, these groups were rearranged according to the treatment duration (3, 7 and 14 days). All of the subjects were submitted to the same surgical procedure: a standardized provoked injury on their oral mucosa and treated topically, orally, every 24h. The evaluated parameters were as follows: macroscopic and microscopic changes (histopathological analysis). 14 chemical components were identified, of which, Vicenin 1 and astaxanthin were studied in silico. The results revealed that Vicenin 1 presents > 30% (Pa> 0,3) probability to have 224 activities, being 15 of those of healing and/or anti inflammatory effect. On the other hand, Astaxanthin revealed 259 properties, so that 20 of those were healing and /or anti inflammatory. The in vivo step showed that at 14 days, the mean lesion area (mm2) was 1.5 ± 1.4 for G1, 1.3 ± 1.02 for G2 and 0.9 ± 0.85 for G3, as well as the mean of the degree of contraction presented values of 98.6% for G1, 98.4% for G2 and 98.9% for G3, suggesting that in this period the repair of the lesion was already reestablished. As for the histological analysis, it was possible to evidence the following relationship, regarding the wound healing process in the oral mucosa of rats addressed in this study, G3 > G2 > G1. The results showed that aroeira is a promising plant species for the treatment of oral lesions. The hydroalcoholic extract of aroeira favored the wound healing process in the oral mucosa of rats, although no statistical differences were found between the experimental groups.
Palavras-chave: aroeira;
biopropecção;
cicatrização;
in silico;
aroeira;
bioprection;
healing;
in silico;
oral ulcer.
Área(s) do CNPq: Ciências da Saúde
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA II/CCBS
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS
Citação: UCHOA, Vanessa Romano. Schinus terebinthifolius Raddi: estudo de revisão e análise do potencial cicatrizante do extrato hidroalcoólico em lesão na mucosa oral de ratos. 2021. 153 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde/CCBS) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3427
Data de defesa: 22-Jun-2021
Aparece nas coleções:TESE DE DOUTORADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

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