Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2898
Tipo do documento: Dissertação
Título: Prática antropológica em processos de regularização de territórios quilombolas: o antropólogo no INCRA
Título(s) alternativo(s): Anthropological practice in processes of regularization of quilombola territories: the anthropologist at INCRA
Autor: CARDOSO, Michael Jackson Miranda 
Primeiro orientador: COELHO, Elizabeth Maria Beserra
Primeiro membro da banca: COELHO, Elizabeth Maria Beserra
Segundo membro da banca: BRUSTOLIN, Cíndia
Terceiro membro da banca: FERREIRA, Marivania Leonor Furtado
Resumo: O texto aqui apresentado representa uma tentativa de analisar a atuação do antropólogo no âmbito dos processos oficiais de reconhecimento e identificação das terras ocupadas por “remanescentes das comunidades dos quilombos”, de que trata o Art. 68 do ADCT. Tem o objetivo de elaborar uma etnografia do fazer antropológico, a partir de nossa inserção profissional enquanto antropólogo na Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Maranhão (SR12-MA). O fazer antropológico é algo que tem está caracterizado por um método consagrado na disciplina antropológica, a observação participante no contexto do trabalho de campo intensivo junto aos grupos pesquisados. Se constitui enquanto um habitus (BOURDIEU, 2000) que se estrutura vinculado à prática do trabalho de campo, à dedicação em conhecer as chamadas sociedades primitivas, o exótico, o nativo, o outro, as sociedades distantes. Por outro lado, essa experiência do distanciamento, do estar “lá” com o “eles”, também pode ser realizada na própria sociedade do pesquisador. Como afirma Da Matta (1978), fazer antropologia é transformar o exótico em familiar e o familiar em exótico. A partir desse movimento de relativização do nosso próprio lugar, é possível fazermos também uma antropologia de nós mesmos. Nessa perspectiva o exercício que propomos é refletir sobre nossa própria atuação nos processos de regularização dos territórios quilombolas pois, percebemos que aqui se abre um espaço de discussão interessante sobre as condições do fazer antropológico e sobre seu suporte científico. Ao falar em antropologia da prática, entendo-a no sentido atribuído por Cardoso de Oliveira, do antropólogo profissional que exerce ações intervencionistas. Para consecução deste trabalho, realizei entrevistas semiestruturadas com a equipe de servidores do Incra no Maranhão. Também foram objeto de análise processos administrativos e Relatórios Antropológicos referentes ao reconhecimento e identificação dos “remanescentes das comunidades de quilombos” com demanda por regularização fundiária na superintendência do Incra no Maranhão, além de minhas próprias impressões enquanto profissional implicado por esse contexto de atuação.
Abstract: The text presented here represents an attempt to analyze the work of the anthropologist in the scope of the official processes of recognition and identification of the lands occupied by "remnants of quilombos communities", dealt with in Art. 68 of ADCT. It has the objective of elaborating an ethnography of the anthropological work, from our professional insertion as an anthropologist in the Regional Superintendence of the National Institute of Colonization and Agrarian Reform (INCRA) in Maranhão (SR12-MA). The anthropological work is something that has been characterized by a method consecrated in the anthropological discipline, the participant observation in the context of the intensive fieldwork with the researched groups. It is constituted as a habitus (BOURDIEU, 2000) that is structured by the practice of fieldwork, the dedication to know the so-called primitive societies, the exotic, the native, the other, the distant societies. On the other hand, this experience of detachment, of being "there" with "them", can also be realized in the researcher's own society. As Da Matta (1978) states, to do anthropology is to transform the exotic into the familiar and the exotic into the exotic. From this relativization movement of our own place, we can also make an anthropology of ourselves. From this perspective, the exercise we propose is to reflect on our own performance in the processes of regularization of the quilombola territories because we perceive that here opens a space of interesting discussion about the conditions of the anthropological work and its scientific support. When speaking in anthropology of the practice, I understand it in the sense attributed by Cardoso de Oliveira, of the professional anthropologist who exercises interventionist actions. To accomplish this work, I conducted semistructured interviews with INCRA's staff in Maranhão. Also analyzed were administrative processes and Anthropological Reports referring to the recognition and identification of "remnants of quilombos communities" with demand for land regularization in the incra superintendence in Maranhão, as well as my own impressions as a professional involved in this context of action.
Palavras-chave: Antropologia
Fazer antropológico
Processo de regularização
Comunidades quilombolas
Anthropology
To do anthropological
Regularization process
Quilombola communities
Área(s) do CNPq: Antropologia
Antropologia das Populações Afro-Brasileiras
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA/CCH
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS/CCH
Citação: CARDOSO, Michael Jackson Miranda. Prática antropológica em processos de regularização de territórios quilombolas: o antropólogo no INCRA. 2018. 131 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais/CCH) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2898
Data de defesa: 10-Set-2018
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS-PPGCSoc

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
MICHAEL-CARDOSO.pdfDissertação de Mestrado1,07 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.