Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2563
Tipo do documento: Dissertação
Título: Natureza e Sociedade: esboços para uma antropologia em Rousseau
Título(s) alternativo(s): Nature and Society: sketches for an anthropology in Rousseau
Autor: SILVA, Antonio Carlos Borges da 
Primeiro orientador: FAÇANHA, Luciano da Silva
Primeiro membro da banca: FAÇANHA, Luciano da Silva
Segundo membro da banca: FREITAS, Flávio Luiz de Castro
Terceiro membro da banca: RODRIGUES JÚNIOR, Edward
Resumo: Para o filósofo Jean-Jacques Rousseau, o conhecimento antropológico deve embasar a reflexão sobre a realidade do homem, notadamente no que concerne aos seus aspectos sociais, políticos, morais, jurídicos, pedagógicos, estéticos e religiosos. Rousseau refutou alguns dos principais pressupostos antropológicos do Iluminismo do século XVIII, como o universalismo e o racionalismo, que consideravam o homem como um ser abstrato e racional, contribuindo para o desenvolvimento de novos campos teóricos para as ciências do homem. Rousseau sustentou a unicidade da natureza humana, todavia, reconheceu que o homem pode ser modificado pelas circunstâncias históricas e geográficas. A natureza humana pode assim ser apreendida em sua existência ontológica e histórica. Por conseguinte, a análise do homem natural, em contraposição ao homem social, nos permite afirmar que o fenômeno humano se compreende nessa perspectiva dicotômica. Ao adentrar no universo da cultura, a qual se constituiu como uma espécie de segunda natureza, o homem modificou-se a si mesmo, transmutando sua natureza primitiva ou originária. Passou assim da condição de animalidade para a condição de humanidade. Essa perspectiva abre espaço para importantes reflexões sobre o homem do ponto de vista de uma antropologia filosófica e empírica. Pode-se afirmar ainda que, para Rousseau, existe uma relação intrínseca entre o progresso histórico, produto da civilização, e a corrupção da natureza humana. Ao se entregar ao devir histórico, o homem construiu os mecanismos pelos quais perdeu sua liberdade e tornou-se escravo das aparências sociais, que são o simulacro da natureza. Essa condição se mostrou predominante em decorrência da instauração da sociedade civil, do trabalho e da propriedade privada, mediados pela linguagem. As concepções de Rousseau sobre o homem como um ser histórico, dotado de liberdade e perfectibilidade, tornaram-se um dos maiores legados ao pensamento moderno no âmbito das ciências humanas. Assim, o presente estudo visa contribuir com as discussões acerca do pensamento de Rousseau mediante alguns esboços de caráter antropológico, considerando a análise do postulado do estado de natureza formulado pelo autor.
Abstract: According to the philosopher Jean-Jacques Rousseau, anthropological knowledge must base the reflection on the reality of man, especially with regard to its social, political, moral, legal, pedagogical, aesthetic and religious aspects. Rousseau refuted some of the major anthropological assumptions of the eighteenth-century Enlightenment, such as universalism and rationalism, which regarded man as an abstract and rational being, contributing to the development of new theoretical fields for the sciences of man. Rousseau sustained the oneness of human nature, yet he recognized that man can be modified by historical and geographical circumstances. Human nature can thus be apprehended in its ontological and historical existence. Therefore, the analysis of the natural man, as opposed to the social man, allows us to affirm that the human phenomenon is understood in this dichotomous perspective. In entering the universe of culture, which was constituted as a kind of second nature, man changed himself, transmuting his primitive or original nature. He passed from the condition of animality to the condition of humanity. This perspective opens space for important reflections on man from the point of view of a philosophical and empirical anthropology. It may be further argued that for Rousseau there is an intrinsic relationship between historical progress, the product of civilization, and the corruption of human nature. By surrendering to historical becoming, man has built the mechanisms by which he has lost his freedom and has become a slave to social appearances, which are the simulacrum of nature. This condition was predominant as result of the establishment of civil society, labor and private property, mediated by language. Rousseau's conceptions of man as an historical being, endowed with freedom and perfectibility, have become one of the greatest legacies of modern thought in the human sciences. Thus, the present study aims to contribute to the discussions about Rousseau's thought through some anthropological sketches, considering the postulate analysis of the state of nature formulated by the author.
Palavras-chave: Rousseau
Natureza
Sociedade
Civilização
Antropologia
Rousseau
Nature
Society
Civilization
Anthropology
Área(s) do CNPq: Antropologia
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA/CCH
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH
Citação: SILVA, Antonio Carlos Borges da. Natureza e Sociedade: esboços para uma antropologia em Rousseau. 2019. 106 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade/CCH) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2563
Data de defesa: 28-Jan-2019
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE (PGCULT) MESTRADO INTERDISCIPLINAR

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
AntonioCarlosSilva.pdfDissertação de Mestrado690,25 kBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.