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Tipo do documento: Dissertação
Título: MICROCEFALIA EM RECÉM-NASCIDOS: ANTES E APÓS EPIDEMIA PELO VÍRUS ZIKA.
Título(s) alternativo(s): MICROCEFALIA IN NEWBORNS: BEFORE AND AFTER EPIDEMIC BY ZIKA VIRUS.
Autor: CÂMARA, Ana Patricia Barros 
Primeiro orientador: BRANCO, Maria dos Remédios Freitas Carvalho
Primeiro coorientador: SANTOS, Alcione Miranda dos
Primeiro membro da banca: BRANCO, Maria dos Remédios Freitas Carvalho
Segundo membro da banca: SANTOS, Alcione Miranda dos
Terceiro membro da banca: PACHECO, Marcos Antônio Barbosa
Quarto membro da banca: SIMÕES, Vanda Maria Ferreira
Quinto membro da banca: LAMY FILHO, Fernando
Resumo: As microcefalias constituem um achado clínico caracterizado por um perímetro cefálico (PC) inferior ao esperado para idade e sexo (PC menor que -2 desvio padrão abaixo da média). Podem ser identificadas no nascimento (microcefalia congênita) ou após o parto (microcefalia secundária). Quando na microcefalia o crescimento do cérebro não acompanha o crescimento do resto do corpo do recém-nascido (crescimento somático) é então denominada de microcefalia desproporcional e quando o PC for menor que -3 desvio padrão para a idade gestacional e o sexo é caracterizada como uma microcefalia grave. As causas de microcefalia são múltiplas, porém as infecções intrauterinas são mais frequentes, como por exemplo: sífilis, rubéola, citomegalovírus, vírus herpes simples e mais recentemente o vírus Zika (ZIKV). No final de 2015 houve um aumento inesperado no número de microcefalia em recém-nascidos no Brasil, e como principal suspeita a transmissão vertical do ZIKV. Mediante essa situação tivemos como objetivo geral analisar a prevalência de microcefalia, microcefalia grave e microcefalia desproporcional em relação ao peso e comprimento em recém-nascidos em Ribeirão Preto/SP e em São Luís/MA, antes (2010) e após (2016) a epidemia pelo vírus Zika. E como objetivos específicos: estimar a prevalência de microcefalia e de microcefalia grave ao nascer em Ribeirão Preto e em São Luís; comparar a prevalência de microcefalia e de microcefalia grave, de acordo com a proporcionalidade em relação ao comprimento e ao peso do recém-nascido em Ribeirão Preto e em São Luís; e comparar o número de casos de microcefalia e de microcefalia grave esperados com os ocorridos em Ribeirão Preto e em São Luís. Para isso foi realizado um estudo transversal, com dados coletados em maternidades no ano de 2010 (Estudo de Coortes Brasileiras em Ribeirão Preto e São Luís) e em 2016. Para a amostra do estudo em 2010 foram incluídos os recém-nascidos de parto hospitalar de cinco maternidades em Ribeirão Preto e quatro em São Luís, de mães residentes nos municípios em estudo, de janeiro a dezembro. Em 2016 foram coletados os dados nas mesmas maternidades utilizadas no primeiro ano da pesquisa. Foram incluídos todos os nascidos vivos com mais de 500g ou 20 semanas de idade gestacional. As variáveis utilizadas foram sexo, perímetro cefálico, peso, comprimento dos recém-nascidos e a idade gestacional ao nascimento. As variáveis quantitativas categóricas foram apresentadas por frequências e porcentagens e a normalidade das variáveis numéricas foi verificada pelo teste Shapiro Wilk, análise de Boxplot e histograma; como todas apresentaram distribuição normal foram apresentadas em média e desvio padrão. A medida de proporcionalidade entre o perímetro cefálico e o z-score do comprimento ou peso foi calculada para descobrir se o crescimento da cabeça não acompanhou o crescimento somático. Para o cálculo das estimativas do número de casos esperados de microcefalia e microcefalia grave, utilizou-se a seguinte fórmula: prevalência do número de casos vezes o número de nascidos vivos nos respectivos anos (notificados pelo SINASC) dividido por 100. Nas análises estatísticas comparou-se as prevalências com o teste Qui-quadrado para amostras independentes; para todas as análises foi considerado nível de significância de 5%. Os dados foram analisados no programa STATA®14. Utilizando os critérios do Ministério da Saúde, em Ribeirão Preto a prevalência de recém-nascidos com microcefalia ao nascimento foi de 3,15% em 2010 e 1,67% em 2016; a prevalência de microcefalia grave foi de 0,75% em 2010 e 0,43% em 2016. Na cidade de São Luís, em 2010, 4,12% nasceram com microcefalia e 0,78% com microcefalia grave; em 2016 a prevalência de microcefalia diminuiu para 1,65% e a de microcefalia grave para 0,32%. Pelo critério da INTERGROWTH 21th a prevalência de microcefalia grave foi maior em 2010 quando comparada com 2016, nas duas cidades em estudo e a queda da prevalência de microcefalia foi mais expressiva em São Luís. Quanto aos recém-nascidos com microcefalia em 2010, 1,57% apresentavam microcefalia desproporcional em relação ao comprimento e 1,80% em relação ao peso na cidade de Ribeirão Preto; em São Luís os valores foram mais elevados, 2,73% em relação ao comprimento e 2,94% em relação ao peso. Observamos que nas duas cidades em estudo o número esperado de casos de microcefalia ao nascimento foi maior que o número total de casos ocorridos. Concluímos que a prevalência de microcefalia e de microcefalia grave foi maior antes da epidemia pelo vírus Zika (2010), comparado com 2016; dentre esses recém-nascidos a maior prevalência foi da microcefalia desproporcional em relação ao crescimento somático nas duas cidades nos períodos estudados e o número de casos que ocorreram em ambas as cidades foi menor que o número de casos esperados.
Abstract: Microcephaly is a clinical finding characterized by a cephalic perimeter (PC) lower than that expected for age and gender (PC less than -2 standard deviation below the mean). They can be identified at birth (congenital microcephaly) or after delivery (secondary microcephaly). When in microcephaly the growth of the brain does not follow the growth of the rest of the body of the newborn (somatic growth) is then denominated disproportional microcephaly and when the PC is less than -3 standard deviation for the gestational age and the sex is characterized like severe microcephaly. The causes of microcephaly are multiple, but intrauterine infections are more frequent, for example: syphilis, rubella, cytomegalovirus, herpes simplex virus and more recently Zika virus (ZIKV). At the end of 2015 there was an unexpected increase in the number of microcephaly in newborns in Brazil, and as the main suspect the vertical transmission of ZIKV. The objective of this study was to analyze the prevalence of microcephaly, severe microcephaly and disproportionate microcephaly in relation to weight and length in newborns in Ribeirão Preto / SP and in São Luís / MA, before (2010) and after (2016) a epidemic by the Zika virus. And as specific objectives: to estimate the prevalence of microcephaly and severe microcephaly at birth in Ribeirão Preto and São Luís; to compare the prevalence of microcephaly and severe microcephaly according to proportionality in relation to the length and weight of the newborn in Ribeirão Preto and São Luís; and to compare the number of cases of microcephaly and severe microcephaly expected with those occurring in Ribeirão Preto and São Luís. A cross-sectional study was conducted with data collected in maternity hospitals in 2010 (Study of Brazilian Cohorts in Ribeirão Preto and São Luís) and in 2016. For the sample of the study in 2010, the newborns of hospital delivery from five maternity hospitals in Ribeirão Preto and four in São Luís, from mothers residing in the municipalities under study, from January to December were included. In 2016, the data were collected in the same maternities used in the first year of the study. All live births over 500 g or 20 weeks of gestational age were included. The variables used were sex, cephalic perimeter, weight, length of newborns and gestational age at birth. The categorical quantitative variables were presented by frequencies and percentages and the normality of the numerical variables was verified by the Shapiro Wilk test, Boxplot analysis and histogram; as all presented normal distribution were presented in mean and standard deviation. The measure of proportionality between head circumference and z-score of length or weight was calculated to find out if head growth did not follow somatic growth. In order to calculate the estimated number of expected cases of microcephaly and severe microcephaly, the following formula was used: prevalence of number of cases times the number of live births in the respective years (reported by SINASC) divided by 100. In the statistical analyzes, the prevalences with the Chi-square test for independent samples; for all analyzes a significance level of 5% was considered. The data were analyzed in the program STATA®14. Using the criteria of the Ministry of Health, in Ribeirão Preto the prevalence of newborns with microcephaly at birth was 3.15% in 2010 and 1.67% in 2016; the prevalence of severe microcephaly was 0.75% in 2010 and 0.43% in 2016. In the city of São Luís, in 2010, 4.12% were born with microcephaly and 0.78% with severe microcephaly; in 2016 the prevalence of microcephaly decreased to 1.65% and that of severe microcephaly to 0.32%. According to INTERGROWTH 21th, the prevalence of severe microcephaly was higher in 2010 than in 2016 in the two cities under study and the drop in microcephaly prevalence was more significant in São Luís. As for newborns with microcephaly in 2010, 1, 57% presented disproportionate microcephaly in relation to the length and 1.80% in relation to the weight in the city of Ribeirão Preto; in São Luís the values were higher, 2.73% in relation to the length and 2.94% in relation to the weight. We observed that in the two cities under study the expected number of cases of microcephaly at birth was greater than the total number of cases occurred. We concluded that the prevalence of microcephaly and severe microcephaly was higher before the epidemic by the Zika virus (2010) compared to 2016; among these newborns the highest prevalence was of disproportionate microcephaly in relation to somatic growth in the two cities in the periods studied and the number of cases that occurred in both cities was smaller than the number of expected cases.
Palavras-chave: Microcefalia; Zika vírus; Anomalias Congênitas; Recém-nascido
Microcephaly; Zika virus; Congenital abnormalities; Newborm
Área(s) do CNPq: Saúde Publica.
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS
Citação: CÂMARA, Ana Patricia Barros. MICROCEFALIA EM RECÉM-NASCIDOS: antes e após epidemia pelo vírus zika. 2018. 107 p. Dissertação( PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2214
Data de defesa: 19-Fev-2018
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

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